ENC19: «Desejamos uma catequese mais vivencial e menos escolar»

D. Anacleto Oliveira analisou o novo curso «Ser Catequista» e o projeto da «catequese familiar» no setor

No final do Encontro Nacional de Catequese 2019, que decorreu em Viana do Castelo, o bispo local, D. Anacleto Oliveira, explicou ao Educris que a catequese “está num processo de renovação que teve uma expressão visível com a Carta pastoral sobre a Catequese”.

A mudança iniciada visa “pôr em prática o documento primeiramente no que toca à formação dos catequistas”:

“Neste momento estamos a ultimar o curso «Ser Catequista», que ainda está em desenvolvimento. A proposta, elaborada por vários peritos, está em análise pela Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECDF) No total são vinte horas e seis temas que se subdividem em dois, cada. Queremos criar uma mentalidade nova em relação à catequese. Passar do modelo escolar ao modelo vivencial para abarcar outras dimensões da pessoa”, sustentou.

Para o prelado o grande desafio do setor passa por “quebrar” o modelo anterior e buscar novas formas que cativem os mais novos e sirvam de modelo para a vida:

“O Papa criticou-nos, e bem, na visita Ad Limina, por que a nossa catequese não era vivenciada. Ainda temos muito a ideia de que a catequese é uma espécie de curso que se tira. Aqui no Norte ouvimos muito a expressão ‘eu já tirei as comunhões todas’. Queremos uma catequese mais vivenciada que permita aos adolescentes, e adultos, uma prática que permita partir ou chegar das palavras e dos conteúdos se vão apropriando em contexto catequético”, revelou.

O também membro da CEECDF deu ainda conta do projeto da catequese familiar que considerou “muito importante” uma vez que permite “uma aprendizagem mútua entre pais e filhos e que não se reduz a uma hora por semana”:

“A catequese familiar surge, antes de mais, como uma catequese de adultos. Um espaço onde podemos catequizar os pais na melhor fase da sua vida, a paternidade e maternidade. É também o lugar indicado para os mais novos por que permite estabelecer uma relação cristã entre pais e filhos”.

D. Anacleto Oliveira deu conta de que hoje existem já casais e filhos que “querem continuar a aprofundar o percurso da catequese familiar” por que o modelo “permite continuar a aprofundar, com outros temas e lugares, esta mesma forma de estar e ser Igreja”.

Educris|22.04.2019



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