Na manhã desta segunda-feira D. António Moiteiro, bispo de Aveiro e membro da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECDF) celebrou a eucaristia, na cidade de Roma, com os 35 representantes da catequese nacional.
Na sua homilia o prelado destacou a importância da catequese onde se passa da “escuta ao discipulado ativo”.
Tomando, como ponto de partida, o livro de Job apresentado pela liturgia deste dia em que se celebra, na cidade de Roma, a memória do Beato Paulo VI, Papa, o membro da CEECDF convidou os presentes a recordarem-se das palavras do personagem da história bíblica, no final do livro, após ter perdido tudo: «Os meus ouvidos tinham ouvido falar de ti, mas agora vêem-te os meus próprios olhos [NDR: cf Jb 42,5]»:
“Estas palavras, para nós catequistas, são fundamentais hoje. Este é o caminho da catequese. É a passagem do ‘até agora ouvi falar por aquilo que me disseram’ para o momento em que o catequizando se assume e afirma o seu conhecimento e a sua própria experiencia. Enquanto não se der o salto não temos um discípulo”.
Refletindo, em seguida, sobre o evangelho do dia, D. António Moiteiro afirmou que o texto “faz parte do segundo anuncio da paixão em que Jesus afirma a necessidade de pegar na cruz para o seguir”:
“Já no primeiro anuncio da sua morte Jesus havia sido São Pedro a por de lado o mestre. Neste trecho os discípulos não percebem e, no terceiro anuncio será a vez de Tiago e João. Isto mostra-nos que o ser discípulo se vai construindo. Ser discípulo é, cada vez mais uma comunhão com Jesus”, reforçou.
No final da sua homilia D. António Moiteiro afirmou que os catequistas foram avivados pelo Papa sobre a importância do “primeiro anuncio para o encontro da pessoa com Jesus” que é “fundamental para o encontro com a pessoa de Jesus” e rezou:
“Queremos hoje invocar a bênção do beato Paulo VI, recordando-nos da Evangelii Nuntiandi e do destaque aí dado ao testemunho cristão, e pedir-lhe pelas nossas comunidades cristãs, os nossos grupos de catequese e catequistas, e nós próprios para que sejamos capazes de passar do ‘ouvir falar’ para a experiência própria de Jesus”.