Lisboa: «A EMRC faz sentido se nos fizermos próximos», padre Paulo Malícia

Docentes de EMRC do Patriarcado de Lisboa reuniram-se em reunião geral

Centena e meia de docentes fizeram-se, ontem, “#maispróximos” em tempo de pandemia num encontro que decorreu no Colégio da Boa Nova, no Estoril.

No início do encontro o diretor do Secretariado Diocesano do Ensino Religioso Escolar (SDER), padre Paulo Malicia, agradeceu “a presença em tão grande número” e o sentido “de responsabilidade de todos no cumprimento das regras das autoridades de saúde”.

Num ano que se “revelou muito duro” o responsável lamentou “o esforço suplementar com as matrículas “e agradeceu dos docentes “este trabalho de procurar alunos e estar com eles durante a pandemia”.

“Não devemos desanimar porque estamos já habituados a ter altos e baixos ao longo dos anos. Na história da EMRC temos mais vitórias que derrotas e estou certo de que sairemos mais fortes destes tempos porque o que ensinamos é muito relevante na formação das novas gerações”, considerou.

Na reunião o responsável apontou o Pacto Educativo Global, que o Papa reavivou esta semana, como uma “intuição que se encaixa, na perfeição do nosso lema para este ano.

“O mundo começa a perceber que a educação é uma outra coisa e o mundo começa a aperceber-se disto. Nós temos esse tesouro há muitos anos. Hoje valorizam-se as ‘soft Skill’s e isso vai entrando nas escolas. Nós trabalhamos isso com os nossos alunos desde o 1 ciclo até a 12º ano”, apontou.

EMRC: Desafios internos e externos em novo ano

Presente na escola a disciplina enfrenta hoje desafios “internos e externos”, afirmou o responsável pelo SDER.

“Desde logo o desafio de cativar alunos. No contexto educativo de hoje cativar alunos desgasta diariamente e faz-se sentir”.

Como segundo desafio, e num momento em que começam a faltar professores para colocação nas escolas, o padre Paulo Malicia deu conta de que, neste momento, existem cerca de 63 escolas sem a presença da disciplina na região de Lisboa.

“Este é outro problema a curto/médio prazo. Precisamos de renovar o corpo docente e temos várias iniciativas em desenvolvimento”, apontou.

Faltam professores de EMRC

“Neste momento todos os professores profissionalizados estão colocados. Existem 4 professores que começaram a lecionar nas escolas este ano. Tem havido um esforço entre a UCP, o SNEC e os secretariados no sentido de motivar jovens a fazerem esta formação superior. Estamos a tentar resolver o problema a curto/médio prazo, mas padecemos dos mesmos males que os restantes grupos disciplinares. Poucos acham a carreira docente atrativa”, constatou.

Numa autocrítica interna o responsável afirmou que é preciso mostrar "um novo rosto da disciplina” e que muitos insistem em “olhar para nós como uma catequese que se faz na escola e não se dão ao trabalho de olhar para o nosso programa, para os objetivos de aprendizagem e os diversos conteúdos que abordamos e que vão na linha desta educação integral proposta pelo papa e a que a própria UNESCO está a aderir”.

Durante a sessão foi, ainda, apresentada a nova «Marca» da disciplina para Lisboa. Um logótipo que quer "aproximar-se das comunidades educativas"  e ajudar "ao encontro".

Educris|18.10.2020



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