Missa em Santa Marta: «A vocação cristã é servir», recorda o Papa

Francisco celebrou esta manhã eucaristia na casa de Santa Marta, no Vaticano, e lembrou a vida como caminho exortando os cristãos a viverem em espírito de “serviço e gratuidade” do dom que receberam.

Tomando o evangelho do dia, retirado do evangelho de Mateus, e onde Jesus envia os discípulos, o papa convidou os fiéis a reterem as indicações de jesus aos que envia:

“Ser enviado é uma missão de todo o crente. Não ficar parado e fazer caminho. Um cristão não pode ficar parado”, exortou, citado pelo centro de comunicação do Vaticano.

“O que pede Jesus no envio que faz? Curai os enfermos, anunciai que o reino de Deus está próximo, curai os leprosos e expulsai os demónios”.

Para Francisco a vida cristã, antes de tudo “servir” e um verdadeiro crente nunca “se pode esquecer disto”:

“É triste ver cristãos que no início da sua conversão ou da sua consciência de serem cristãos servem, estão abertos para servir, servir o povo de Deus”, mas com o andar o tempo “acabam a usar o povo de Deus, isto dói tanto, tanto mal ao povo de Deus”, lamentou o papa.

O papa reforçou a ideia de que a primeira vocação do cristão é “servir” e sublinhou um conceito que vai ao “centro da salvação”:

“Recebestes de graça, dai de graça porque a vida cristã é gratuidade”, exortou.

Este princípio é, no dizer do Papa “o mesmo que Deus usou connosco quando nos chamou e, então, devemos usá-lo também com os nossos irmãos. Não há relacionamento com Deus fora da gratuidade”, completou.

Criticando quem “pratica o jejum, a penitência e as novenas” com a intenção “de pagar determinada graça” o papa argentino lembrou que a “graça é livre porque todos os bens de Deus são livres” e a sua linguagem é “de amor de Pai e de gratuidade para com os seus filhos”.

Infelizmente, explicou ele, na vida espiritual há "sempre o perigo de escorregar no pagamento, sempre, mesmo falando com o Senhor, como se quiséssemos subornar o Senhor". Mas o relacionamento com o Senhor não pode viajar "por esse caminho".

No final o Papa rezou pedindo que “a nossa vida de santidade seja esta ampliação do coração, porque a gratuidade de Deus, as graças de Deus são gratuitas e só assim podem chegar aos nossos corações”.

Educris|11.06.2019



Newsletter Educris

Receba as nossas novidades