Coordenadora nacional do setor apresenta desafios atuais do ato catequético
Cristina Sá Carvalho, responsável pelo setor da catequese no Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC), disse hoje que a catequese “deve deixar de ser vista na Igreja como um ato para crianças” e passar a ocupar “o lugar central da ação da Igreja”:
“Hoje ainda existe ainda um certo receio da catequese porque se pensa este ato vital da igreja como algo que se destina às crianças e adolescentes. Temos necessidade urgente de, no processo de reconversão humana que se realiza durante toda a vida, entender a catequese como uma dinâmica que percorre a vida”.
À margem do Encontro Nacional de Catequese, que se realiza até sábado na diocese de Viana do Castelo sob o tema «Ajudar os Catequistas a Ser – Uma missão diocesana prioritária», Cristina Sá Carvalho revelou ao jornalista Luís Santos, da Agência Ecclesia, os “esforços que as dioceses tem feito no sentido de tornar o ato catequético central na missão da Igreja”.
“Estamos a fazer hoje algumas experiências interessantes que sendo pontuais podem vir a tomar dimensão nacional”.
“Ainda subsiste a tentação de olhar para certas formas de catequese somo experiências e não se percebe que estas formas são essenciais, quer seja no «despertar religioso» quer na «catequese familiar» que abarca toda a família”.
Para a responsável a nova tecnologia “não vem para resolver todos os problemas da pastoral” mas podem e são “muito uteis para estabelecer comunicação e permitir partilhas mais céleres de informações e experiencias”:
“É limitativo pensar que as novas tecnologias vêm resolver todos os problemas de pastoral a catequese tem uma dimensão de constância e sistematização, de uma orquestração da experiência cristã em toda a sua plenitude e uma experiência muito forte de inserção na vida comunitária sem a qual não há sequer Igreja”, reforçou.
Imagem: Luís Santos
Educris|11.04.2019