Francisco afirmou hoje que a igreja “cresce na simplicidade, em silêncio, no louvor, no sacrifício eucarístico, em comunidade fraterna, onde todos e amam e não se prejudicam”
Na sua homilia desta manhã, proferida durante a eucaristia a que presidiu na Casa de Santa Marta, no Vaticano, o Papa lembrou que “o Reino de Deus” não é um “espetáculo, mas cresce no silêncio”, ao bom “estilo eclesial”.
“A Igreja manifesta-se “na Eucaristia e nas boas obras”, mesmo que aparentemente não “sejam notícia”. A Esposa de Cristo tem um temperamento silencioso, gera frutos “sem fazer barulho”, sem “tocar a trombeta como os fariseus”.
Tomando o trecho do evangelho onde Jesus explica que o reino de Deus está já presente, o Papa afirmou que “a Igreja cresce por testemunho, pela oração, por atração do Espírito que está dentro e nunca por grandes eventos ou espetáculos”:
“O crescimento da Igreja, que dá fruto, é em silêncio, escondido com as boas obras e a celebração da Páscoa do Senhor, o louvor de Deus”, reforçou.
Francisco convidou os presentes a não caírem na tentação da “sedução da visibilidade”:
“Por vezes podemos pensar que seria bom se a Igreja fosse mais visível, mas devemos perceber que se a Igreja se ficar pelos espetáculos não é capaz de crescer em silêncio com as boas obras”.
No final o Papa convidou os presentes a rezarem pedindo ao “senhor nos ajude a não cair na tentação da sedução”:
“Devemos fazer um exame de consciência – convidou – e perguntar a si: como cresce o reino de Deus dentro de mim? Como cresce a minha pertença à Igreja? Como é que o o Senhor nos faz entender o que é mundano? Como sirvo os outros? Silenciosamente, quase em segredo, ou faço soar a trombeta como os fariseus?”.
Educris com Osservatore Romano
Educris|15.11.2018