Nigéria: Igreja queimada em novo ataque terrorista

Um edifício da Igreja Católica foi queimado por militantes do Boko Haram, durante um ataque na passada segunda-feira a uma aldeia situada no nordeste da Nigéria

Além das instalações pertencentes à Igreja, foram ainda queimados cerca de duas dezenas de outros edifícios. O edifício queimado estava a ser utilizado como centro catequético e já tinha saído palco de outro violento ataque em 2014, o que obrigou a diocese de Maiduguri a obras de reconstrução, revela, em comunicado a Fundação católica Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).


As autoridades policiais reagiram rapidamente ao ataque e conseguiram repelir os militantes islamitas. Um dos elementos do Boko Haram foi morto durante a troca de tiros que se registou.

Ahmad Sajoh, comissário de informação de Adamawa, aplaudiu a pronta intervenção das forças da ordem que procuram “garantir uma situação de segurança reforçada em todo o estado neste final das celebrações do Ramadão”.

Este ataque vem demonstrar que o Boko Haram, assim como os pastores Fulani, continuam a representar uma ameaça concreta para a comunidade cristã na Nigéria.

No passado mês de Maio, os bispos nigerianos emitiram uma declaração em que condenaram a violência com origem em grupos radicais islâmicos no país.

Nesse documento, os prelados afirmam que “a Igreja na Nigéria está a passar por um momento muito difícil”, recordando “o recente massacre de dois sacerdotes católicos e alguns fiéis durante a Santa Missa no estado de Benue, e os homicídios similares em outras partes do país”.

Os Bispos afirmam ainda que a pobreza, o desemprego e a escassez de escolas na Nigéria contribuem para o aumento do fundamentalismo islâmico e incentivam os católicos a “trabalharem estreitamente com os muçulmanos amantes da paz” para se ultrapassar as causas que “alimentam o fundamentalismo”.

Educris com AIS

18.06.2018



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