D. Nuno Almeida: “Precisamos de uma comunicação de amor” nas Escolas Católicas

Última Jornada Local deixou desafios à identidade do ensino católico em Portugal

Cerca de meia centena de docentes, provenientes de dez escolas Católicas do norte do país, participaram este sábado, no Colégio das Caldinhas, em Santo Tirso – Braga, na edição norte da iniciativa promovida pelo Departamento da Escola Católica (DEC) do Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC).

Na abertura dos trabalhos D. Nuno refletiu sobre o tema «Como é que a Escola Católica anuncia o Cristo vivo?».

“Diante do rosto de Cristo que sentimentos exprimo em mim? Qual foi o momento que me senti mais próximo, mais em comunhão com Jesus Criso? Quais são as pessoas que mais me ajudaram a encontrar Jesus Cristo, e a quem estou grato?”, começou por questionar o prelado.

Tomando, para a sua reflexão, o trecho do evangelho do V Domingo da Quaresma que narra a vinda de uns gregos que queriam conhecer Jesus, D. Nuno Almeida questionou:

“Quem de nos não quere ver Jesus? Os jovens de hoje esperam que não só falemos de Jesus mas, de certa forma, o façamos ver!”

Para o prelado “a missão da escola católica deve estar ativa na missão e vocação da Igreja: A urgência e a atualidade de mostrar a todos o rosto belo de Cristo ressuscitado. Presente em cada cristão e no meio de nós”, sustentou.

O bispo auxiliar de Braga pediu aos responsáveis uma “Escola Católica que seja capaz de ajudar a pessoa a encontrar o amor verdadeiro, aquele que faz de cada um condutor da sua própria vida”, através de uma “lógica do serviço total de Jesus”.

Aos docentes o prelado lembrou que a “tarefa de educar é semelhante à sementeira”:

“Educar é como semear. O fruto não está garantido nem é imediato. Se nada se semear nada se recolherá. Implica condescendência, por vezes, e mão firme, noutras ocasiões.  É preciso não perder o ânimo”, recordou.

Comunicar o amor: Ajudar a construir um projeto de vida

No final da sua intervenção D. Nuno Almeida convidou as Escolas Católicas a seguirem uma pedagogia “da comunicação do amor” em três pontos:

“Uma comunicação que evangelize pelo exemplo” e que seja capaz “de partilhar a experiência do encontro com Jesus”. Uma segunda “comunicação que impele ao seguimento” e que não se contente “apenas uma transmissão de conhecimento mas que convoque, mesmo que de modo muito ténue, ao encontro com Jesus Cristo”. Uma terceira etapa de comunicação que “antecipe já o que anuncia” numa tensão que “é o e o ainda não totalmente do Reino de Deus que procuramos viver”.

“A certeza de que amamos é um princípio educativo fabuloso e dá identidade às escolas. Isto dá sentido e valor ao trabalho da escola. Deixa de ser um encontro humano, e uma formação para ser um encontro com a verdade e a vida que é Jesus Cristo”.

Educris|17.03.2018



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