Viana do Castelo: Docentes refletem sobre Lutero e a declaração conjunta entre as Igrejas

«Lutero 500 anos depois e a Declaração Conjunta», foi o tema da formação e reflexão para docentes de EMRC da diocese de Viana do Castelo.

A iniciativa, que decorreu no Instituto Católico de Viana do Castelo, no passado dia 10 de março pretendeu "identificar o que nos une mais do que aquilo que nos separa" e ajudar os docentes a "transportar isso para as nossas aulas de EMRC", afirmou ao Educris Lígia Pereira do Secretariado diocesano da EMRC.

No início dos trabalhos o padre Pablo Lima abordou com os professores "a questão da reforma protestante e o que esteve na origem desta" destacando "três etapas da vida do reformador protestante":

"A primeira desde o nascimento ao convento; a segunda do convento a Lipsia e a última de Lipsia à Confessio Augustana".

na abordagem ao tema da celebração dos 500 anos de Lutero o padre Pablo referiu que ainda "existe uma certa divisão de pensamento e aceitação desta celebração":

"Uns consideram que os católicos não podem celebrar um pecado e outros que, pela declaração conjunta assinada na Suécia em Outubro de 2016, pensam exitir uma profunda gratidão pelos dons espirituais e teológicos recebidos através da reforma".

Olhando "historicamente o movimento de Lutero" o padre Pablo afirmou que "a reforma e a reação da Igreja da época provocaram a divisão do cristianismo ocidental, no entanto, podemos dizer que a falta de diálogo e entendimento entre as duas partes é que levaram a esta divisão", sustentou:

"Muitas das reivindicações de Lutero permanecem atuais passados quinhentos anos, tais como a prioridade da Palavra, a luta contra o culto do dinheiro e o abuso do poder, a gratuidade da salvação oferecida em Jesus Cristo, já que são as grandes causas hoje, do Pontificado de Francisco", disse.

No final da formação a diretora do secretariado diocesano da EMRC, Lígia Pereira, disse ao professores que "enquanto cristãos devemos apelar à unidade plena apresentando um espírito de comunhão e de abertura". Para esta responsável "os docentes devem estar preparados para o trabalho de integração de alunos migrantes".

Educris|22.03.2018

 



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