Milhares de pessoas têm fugido nos últimos dias da República Centro-Africana por causa de uma nova onda de violência e de conflitos armados que têm assolado este país.
Segundo as Nações Unidas, calcula-se que mais de cinco mil pessoas tenham fugido do país rumo essencialmente ao Chade desde o final do mês de Dezembro.
Uma das causas desta fuga maciça de pessoas é o surto de combates, entre grupos armados, na cidade de Paoua, nomeadamente elementos do Movimento Nacional de Libertação de África e o Grupo de Revolução e Justiça.
Apesar de a fronteira entre a República Centro-Africana e o Chade estar oficialmente encerrada, as autoridades permitiram, num gesto humanitário, que milhares de refugiados tenham entrado neste país.
A maior parte destes refugiados confirmam casos de abusos de direitos humanos cometidos por grupos armados nas aldeias situadas na fronteira entre os dois países.
Actualmente, calcula-se que estejam a viver no Chade mais de 75 mil pessoas oriundas da República Centro-Africana. No entanto, outros países da região já acolhem quase 550 mil pessoas que foram também forçadas a fugir, tendo-se registado nas últimas semanas um agravamento da violência, com ataques não só às populações civis mas também a agências humanitárias e, inclusivamente, às forças de manutenção da paz.
Recorde-se que Portugal está a comandar, pela primeira vez, durante o corrente ano, o contingente das forças de manutenção de paz da União Europeia colocadas na República Centro-Africana.
O efetivo português conta com mais de 40 militares dos diferentes ramos das Forças Armadas portuguesas e está sob o comando do brigadeiro-general Hermínio Teodoro. Além desta missão, Portugal também participa numa outra força de manutenção de paz das Nações Unidas na República Centro-Africana.
Educris com AIS|15.01.2018