Vaticano: «O Aborto é um homicídio e não é lícito fazer-se cúmplice», Papa Francisco

Papa defende direito à objeção de consciência, em congresso de farmacêuticos

O Papa Francisco reiterou ontem a ideia de que o “aborto não é solução” apelou aos profissionais de saúde a que “se façam próximos” para que as mulheres não pensem “no aborto como solução”.

“O aborto é um homicídio e não é lícito fazer-se cúmplice. Dito isto, o nosso dever é o de nos fazermos próximos: estar perto das situações, em especial das mulheres, para que não cheguem sequer a pensar na solução do aborto porque na realidade não é uma solução”, afirmou.

Para o Papa a prática do aborto deixa “marcas” duradouras nas mulheres e a “fatura apresenta-se mais tarde”.

“A vida, após dez, vinte, trinta anos, apresenta a fatura. E faz falta estar num confessionário para entender o preço, tão duro, de o ter feito”, lamentou.

Durante o encontro com membros da Sociedade Italiana de Farmacêutica Hospitalar, no Vaticano, Francisco lembrou que os farmacêuticos “devem estar sempre ao serviço da vida” e defendeu o direito à objeção de consciência.

“Isso pode, nalguns casos, envolver a objeção de consciência, que não é infidelidade, mas, pelo contrário, fidelidade à sua profissão, se validamente motivada”, precisou, no discurso divulgado pela Sala de Imprensa do Vaticano.

Numa altura em que algum estado tem tentado impedir os clínicos de usarem a “objeção de consciência” Francisco reafirmou a convicção de que a sua aplicação “não só não significa deslealdade, mas fidelidade à vossa profissão”.

“Quando validamente motivada a objeção apresenta-se como uma denúncia das injustiças cometidas contra vidas inocentes e indefesas”, advogou.

Educris|15.10.2021



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