«O Motu proprio corresponde ao sentir da própria Igreja», padre Valter Salcedas

Responsável pela catequese na diocese da Guarda lembra responsabilidade acrescida” que o novo documento apresenta à Igreja

O padre Valter Salcedas afirmou hoje que a Carta apostólica, sob a forma de motu proprio, Antiquum Ministerium é a concretização “de uma expetativa grande na Igreja” e a confirmação “da realidade já inscrita nas comunidades cristãs”.

“Este documento vem ao encontro dos nossos anseios, de criarmos uma Igreja mais laical e ministerial e é a confirmação da realidade já vivida em tantas comunidades cristãs. Uma Igreja que é capaz de conferir aos que assumem a responsabilidade do anúncio do evangelho um cariz de envio”, apontou.

Para o diretor do Departamento Diocesano da Catequese da Infância e Adolescência (DDCIA) da Guarda este é um “momento de grande alegria para a Igreja” e considera existirem “muitos catequistas” que em Portugal “reúnem o que é prescrito para o ministério do catequista”.

Considerando que o ministério do catequista “é antigo e importante ao longo da história, como o próprio papa alude”, o padre Valter Salcedas sustenta que esta nova realidade “traz consigo uma responsabilidade acrescida”.

“O documento adverte que é preciso determinadas características e que se cumpram requisitos ao nível da formação e da inserção na vida ativa. A este nível os bispos, párocos e departamentos de catequese tem uma responsabilidade acrescida pois é a certificação que o ‘ser catequista’ é ser o rosto da igreja com os que crescem na fé e na relação com Jesus e não, apenas, uma transmissão dos dados da fé cristã”.

O padre Valter sustenta que é preciso “não clericalizar o ministério” nem tornar este serviço na Igreja uma espécie de “mini ordenação,” mas “parte de um sonho eclesial do papa e que toda a Igreja deve seguir”.

“Os catequistas dão atores fundamentais na Igreja desde os primórdios e este motu proprio permite olharem para a sua vocação e verem-na confirmada pela Igreja”, conclui.

Educris|11.05.2021

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