Associação de escolas católicas quer incluir o seu projecto educativo nas opções nacionais

Nova direcção prepara plano educativo para próximos três anos

A Associação Portuguesa de Escolas Católicas (APEC) quer que as turmas nas escolas tenham menos alunos e que a opção de escolha de projecto educativo por parte dos pais seja consagrada.

Eleita em Fevereiro, a nova direcção da APEC diz enfrentar "enormes desafios".

Em declarações à Agência ECCLESIA, o Presidente eleito, Pe Querubim Silva, explica que as escolas católicas encontram-se entre o "monopólio de ensino estatal em Portugal" e a dificuldade de conceber que "um quadro educativo com matriz evangélica possa ser uma alternativa válida para aprender e ensinar".

"Os tempos não são fáceis para preservar a identidade da escola católica", afirma. Não sendo uma situação nova, reconhece o novo Presidente da APEC, "as tendências centralizadoras em relação ao ensino têm aumentado".

Esta associação que congrega cerca de 100 escolas católica ainda não reuniu com o actual Ministério da Educação. "Tencionamos fazê-lo ainda neste ano lectivo" garante o Pe. Querubim.

"Estamos a preparar um programa detalhado para três anos e a preparar o próximo ano. Queremos aprovar na assembleia da APEC este programa", sublinha.

Ao Ministério de Isabel Alçada a APEC quer fazer chegar as suas "sugestões".

"Pretendemos promover, preservar e consolidar a identidade da escola católica, na perspectiva de se integrar no sistema educativo português como uma alternativa para dar uma opção aos pais, tal como eles têm direito. Uma opção de projecto educativo", indica o Pe. Querubim Silva.

Esta é uma das linhas mestras do projecto em elaboração. A APEC quer investir na formação dos agentes educativos "professores, comunidade escolar e pais", potenciar sinergias educativas, nomeadamente "em questões de economia, partilha de recursos pedagógicos, humanos e pastorais, também explorar mecanismos de rede de comunicação", promovendo uma "comunhão entre escolas católicas".

Marcar a diferença nos projectos educativos é um objectivo "permanente" das escolas católicas, caso contrário, explica o Pe Querubim Silva, correm o risco de "renegarem o que se propõem ser".

A nova direcção da APEC integra ainda representantes dos Colégios de S. Miguel (Fátima), Salesiano de S. João Bosco (Mogofores), Amor de Deus (Cascais) e Conciliar Maria Imaculada (Leiria), respectivamente Dr. Virgílio Mota, Pe. José Fernandes, Ir. Isabel Vaz e Ir. Paula Santos.

Para Secretário-Geral da associação, cargo recentemente criado, foi convidado Jorge Cotovio, docente no Colégio de S. Teotónio e responsável pelo Núcleo das Escolas Católicas da diocese de Coimbra.

Webmaster|2010-03-30|13:38:23|Agência Ecclesia

 



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