Algarve: EMRC responde aos efeitos da pandemia com campanha solidária

Secretariado da Pastoral Escolar da Diocese do Algarve criou campanha de recolha de bens para fazer face aos efeitos que a pandemia já provoca nas escolas da região

Não bastavam “as mortes e os confinamentos, os afastamentos e a dificuldade de estar juntos”. A pandemia trouxe consigo o desemprego e a fome a uma parte da população que perdeu empregos, numa região fortemente ligada ao turismo.

Para dar resposta e ir ao encontro “da nota pastoral do bispo do Algarve” que pede “cristãos na linha da frente das respostas à pandemia” o Secretariado da Pastoral Escolar lançou, no início do ano letivo, uma campanha de recolha de alimentos, material escolar e outros bens para apoiar famílias que precisam de ajuda.

A ideia surgiu a partir de uma iniciativa com o mesmo objetivo que foi feita no agrupamento de escolas D. Manuel I, em Tavira, no anterior ano letivo, durante o confinamento. O professor de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) da Escola EB 2,3 achou interessante a ação concebida por uma colega de outra disciplina e acabou por replicá-la como «Clube de Solidariedade» na Escola EB 2,3 João da Rosa, em Olhão, onde também lecionava”, explica Patrícia Mendonça ao jornal Folha de Domingo.

A diretora do Secretariado Diocesano da Pastoral Escolar deu conta que já durante o confinamento, de março a julho, e em Tavira, “os alunos levavam as fichas de trabalho aos colegas que não tinham internet” e que “também terá sido recolhida comida que depois se distribuiu às famílias com maior necessidade”.

Patrícia Mendonça explicou que houve várias escolas no Algarve que, por iniciativa das direções, recolheram alimentos que depois foram distribuídos pelas famílias a precisar de ajuda.

“Quando lancei o «Clube de Solidariedade», a ideia era dar continuidade para não se perder essa prática, apesar de os alunos estarem já na escola a ter aulas”, acrescentou.

“Há famílias que continuam desempregadas e a precisar e a ideia é manter a recolha e a entrega de alimentos e de outros bens a essas famílias”, conclui.

A iniciativa solidária, que, entretanto, passou a designar-se “Colega a Colega”, inspirou mesmo a Cáritas Diocesana do Algarve a desenvolver três campanhas semelhantes, apoiadas por uma linha de financiamento no valor de 50 mil euros.

Educris|05.11.2020



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