«EMRC educa sobre valores que ajudam a criar critérios de mudança», D. António Moiteiro

Presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã (CEECDF) lembrou importância da formação de professores e os desafios num ano de pandemia

D. António Moiteiro afirmou, no passado sábado, aos responsáveis nacional da EMRC reunidos em formação online que a pandemia reforçou a necessidade de apostar “na formação dos professores de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) para que a disciplina possa continuar a ser “um lugar e um espaço” válidos para uma “reflexão que ajude os alunos a formar critérios que mudam o coração e os tornam capazes da mudança” para o bem comum.

Aos diretores diocesanos o prelado lembrou que “sendo a disciplina importante na formação dos jovens” não se deve “dar nada por adquirido” e que é missão dos docentes “ajudar a fazer crescer a dimensão religiosa na vida dos alunos”.

“Hoje temos muitos alunos que já não estão nos nossos âmbitos religiosos e para os quais a disciplina surge como o primeiro ‘despertar para o religioso, para a espiritualidade cristã e para a fraternidade”.

Lembrando a “aposta do Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC)” na formação d novos professores, D. Antonio Moiteiro deu conta do esforço de qualificação da classe docente qu tem permitido formar, anualmente, 60 professores neste grupo disciplinar.

“É um esforço muito relevante e um investimento de qualidade que se vai refletir nos alunos e na valorização da própria disciplina”, apontou.

Aos responsáveis diocesanos o prelado pediu uma estratégia conjunta que permita “ajudar a fazer crescer a presença da disciplina onde ela é diminuta ou inexistente”.

Tempo de pandemia: um lugar de purificação

António Cordeiro, coordenador da disciplina no SNEC afirmou que hoje a “educação é cada vez mais exigente e uma realidade aberta” onde a EMRC toca a vida das pessoas.

“A educação já não é mais um processo fechado, petrificado e concluído. Hoje a ideia de peregrinação, de caminho está presente no dia-a-dia e pode ser uma boa porta de entrada para a educação cristã, para se tocar a vida das pessoas”.

Para o responsável o Covid-19 pode ser “lugar de purificação” e permitir intervenções mais concretas na vida dos estudantes.

“A Educação cristã quer conhecer a pessoa toda, não para a colocar numa intelectualidade, mas para a fazer passar da cabeça, para o coração e as mãos, como nos pede o Papa Francisco”.

Num ano de pandemia a EMRC vai assinalar a Semana Nacional da disciplina de 17 a 21 de maio com o tema «EMRC...Esperança[Te]».

“Tomando como fundamento a Laudato Sí e a Fratelli Tutti queremos promover um conjunto de atividades, não presenciais, para todos os ciclos, que seja espaço para um encontro nacional dos alunos de EMRC”, explicou o responsável num processo que “ainda está em análise”.

Fernando Moita, diretor do SNEC, sustentou que “são muitos os desafios que se colocam” para que a disciplina possa “manter a sua identidade” num “espaço pluricultural” como é a escola.

“Queremos, sobretudo, que seja momento para levarmos o nosso entusiasmo a tantos que estão desesperados e perdidos no meio desta pandemia, concluiu.

Os responsáveis nacionais escutaram o padre Nuno Santos, reitor do Seminário d Coimbra, abordar o tema «Da esperança ao Compromisso».

Educris|03.11.2020



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