IX ENES: «Uma opção que se tornou vocação»

Mais de 150 professores acompanham os 1600 alunos no Encontro Nacional da disciplina de EMRC que decorre até este sábado em Viseu.

 

São professores, de todo o país, de todos os grupos disciplinares, e quiseram estar presentes no IX Encontro Nacional do Ensino Secundário (IXENES) de Educação Moral e Religiosa Católica.

 

Paulo Carvalho, professor na escola secundária de Carcavelos, vem ao IX ENES pela primeira vez com uma vintena de alunos.

“Quisemos vir para os meus alunos pudessem ver centenas de alunos, como eles, que fizeram a opção pela EMRC”.

Na escola “começamos o trabalho da opção pela EMRC logo no primeiro ciclo. Ajuda muito o facto do quadro de docentes ser estável com três professores que procuram sempre novas metodologias ativas e criativas numa escola que democratizou o uso do telemóvel e do tablet em sala de aula e que investe em projetos em detrimento dos testes clássicos ou dos manuais”.

“Com este tema «Abeira-te» os alunos podem descobrir que a diversidade é motivo de crescimento, partilha e festa aqui e na própria escola”, explicou ao EDUCRIS.

David Costa, coordenador da disciplina da EMRC na diocese de Viseu, considerou ser “uma grande alegria receber o IX ENES em Viseu”.

“O facto de este ano o encontro ser em Viseu fez com que tivéssemos mais alunos desta região nesta atividade”.

“Costumamos dizer que Viseu é o coração de Portugal, por que está mesmo no centro. O tema «Abeira-te» fica bem neste centro por que é com o coração que conhecemos verdadeiramente os outros”, apontou.

Para este professor, com funções de coordenação na disciplina, “os jovens de hoje estão prontos a dizer sim se os adultos souberem convocá-los para propostas com sentido”.

Manuela Miranda vem de Coimbra e leciona a disciplina de EMRC há “32 anos”. Diz que a “a juventude” é a sua “paixão” e que se fez professora “para ajudar os mais novos a crescer”:

“Hoje penso que os jovens são desafiados a ser contracorrente e devemos ajudá-los nisso. Em EMRC, no secundário, temos menos alunos do que no básico. Na minha escola temos muitos inscritos no secundário e venho aqui com eles para que percebam que o tempo a mais que tem no currículo é um momento de qualidade que os ajuda a ser e a crescer”.

Numa escola cada vez mais concorrencial a presença de uma disciplina como a EMRC, “que não entra na média final” é um sinal de que o conhecimento “está para lá do quantificável”.

“Esta disciplina dá-lhes a liberdade de adquirir diversas competências não apenas académicas” mas ajuda-os a construir uma chave de leitura do real e a redescobrirem-se a si próprios para encontrarem o sentido do que vão fazendo, e isto não tem preço”.

Ao fim de 32 anos de lecionação Manuela Miranda diz que “pela EMRC e fiz dela a minha vocação”.

O IX ENES inicia-se hoje, sábado, com um peddypapper ecológico pela cidade de Viseu. Após o almoço os alunos voltam a reunir-se no pavilhão multiusos da cidade para o encerramento da atividade que vai contar com um concerto do padre Victor, também ele docentes de EMRC em Castro Daire.

Educris|27.04.2019



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