D. António Augusto Azevedo propõe cultura de «diálogo e encontro»

Bispo auxiliar do Porto dirigiu-se aos professores de EMRC que hoje participam na formação «Fidelidade à Pessoa, alegria na missão: Um olhar sobre o 1º ciclo do EB e sobre o Ensino Secundário»

“Em EMRC devemos propor, em vez de dar tudo feito. Estamos muito viciados em dar respostas antes mesmo que surjam as perguntas. É preciso recuperar a ideia do «vem e vê»”, apelou o prelado.

Partindo do trecho do evangelho de João, que narra o encontro de Jesus com os primeiros discípulos, D. António Augusto Azevedo convidou os docentes a tomar consciência dos momentos “marcantes e desafiantes na vida das pessoas em particular dos mais jovens”:

“Olhemos para este trecho do Evangelho. É urgente voltar a cultivar o olhar. João escreve deste modo como que para ser indutor para que os outros discípulos olhem para o Mestre. Hoje temos tantas coisas que nos distraem. Cultivar o olhar para perceber o que é essencial no tempo que passa. Fixar o olhar nos sinais que Ele hoje nos deixa. Tudo o que seja pousar o olhar no que é mais humano é condição para crescer a fé”, sustentou.

Como segundo ponto da sua reflexão o bispo auxiliar do Porto lembrou a importância de “estar atento às reais necessidades dos outros” e da construção de um “diálogo que é sempre interpelativo. O encontro da fé é um encontro que será mais profundo na capacidade de colocar perguntas. Como Jesus ajudar outro a colocar perguntas”.

Para D. António Augusto Azevedo o professor de EMRC deve ter como preocupação pedagógica “ser capaz de evidenciar e trazer ao de cima as buscas mais profundas de cada um. Ajudar que essas camadas mais profundas venham ao de cima” pois “o diálogo da fé não é basicamente inteletual mas de proximidade: saber onde mora, o que é e faz”, apontou.

Referindo a recente Carta Pastoral da Conferencia Episcopal Portuguesa para a Catequese «Catequese: A Alegria do Encontro com Jesus Cristo», o prelado lembrou aos docentes que 2º documento é para a catequese mas deve servir de orientação para toda a tarefa educativa da Igreja pois nela a categoria do encontro é bem marcada”.

“Em EMRC devemos propor, em vez de dar tudo feito. Estamos muito viciados em dar respostas antes das perguntas. É preciso recuperar a ideia do vem e vê”, desafiou.

A Formação «Fidelidade à Pessoa, alegria na missão: Um olhar sobre o 1º ciclo do EB e sobre o Ensino Secundário» está  no centro da reflexão dos professores na primeira de oito «Formações (inter) diocesanas para docentes de EMRC».

A iniciativa, uma parceria entre o Secretariado Nacional da Educação Cristã e os Secretariados Diocesanos de EMRC, vai decorrer durante o primeiro trimestre deste ano em oito dioceses diferentes (Porto; Braga; Coimbra; Viseu; Lisboa; Beja; Funchal e Ponta Delgada).

Educris|13.01.2018



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