JNC17: “A catequese deve ser lugar de experiência significativa do Outro”
No final da manhã de sábado o padre José Frazão, SJ apontou algumas fraquezas na transmissão da fé hoje e apontou para a necessidade “de avaliação e discernimento” do ato catequético de modo a melhorar a transmissão da fé.
No início da sua conferência, subordinada ao tema «O Encontro com Jesus Cristo», o provincial dos jesuítas congratulou-se com a Carta Pastoral «Catequese: A Alegria do Encontro com Jesus Cristo» e apontou como fundamental “a necessidade do ‘como’ fazer o encontro em catequese” tendo em conta “que a urgência do encontro e os lugares” está bem patente no documento:
“Hoje a catequese é um dos lugares onde a Igreja perceciona que é um campo particularmente exigente da ação da Igreja”.
Para o padre José Frazão a “corrente entre os mistérios cristãos, a celebração da fé a vida quotidiana quebrou-se. Hoje percebemos que isto acabou. Temos que o enfrentar com paz e ter a capacidade de discernir o que é que isto significa para a transmissão da fé”.
“Já o percebemos, mas caímos sempre na tentação de continuar a procurar transmitir a fé partindo do pressuposto de que a correia de transmissão entre vida e fé continua a continuar. E por isso continuamos a esperar milagres. Como podemos esperar grandes resultados em 45 minutos de encontro semanal quando a criança e o adolescente não têm qualquer enquadramento familiar ou eclesial?”, questionou.
Outra das tentações é usar a mesma metodologia da escola. Para o padre José Frazão o “replicar na catequese o que acontece na escola não é suficiente. Os alunos têm aversão à sala de aula como ela existe hoje. Esta aversão vai potenciar-se na sala de catequese”, sustentou.
Para o provincial dos jesuítas em Portugal é fundamental “avaliar, pensar e discernir como fazer catequese de modo a que o ato catequético possa iniciar o catequizando para o encontro com o Outro”.