Portalegre-Castelo Branco: Ecos do Interescolas diocesano

No passado dia 31 de março, a Sertã teve a felicidade de ser o local eleito para a realização do VIIº Encontro Diocesano cujo tema foi “Vida(s) Com Sentido”, da responsabilidade dos professores da Zona do Pinhal e do Secretariado Diocesano de EMRC de  Portalegre/Castelo Branco. Os alunos de E.M.R.C da Sertã foram os anfitriões do evento, estes acolheram calorosamente os seus colegas das escolas de Abrantes, Cernache do Bonjardim, Gavião, Oleiros, Portalegre, Proença-a-Nova e Vila-de-Rei, e inclusivamente os alunos da própria localidade numa receção cheia de música e diversão. Após a receção, os alunos foram divididos em três grupos, tendo por referencia uma cor identificativa que serviu de orientação para a deslocação aos diferentes espaços onde decorriam as diferentes sessões. As atividades realizadas em paralelo, para uma melhor gestão de espaço e tempo, foram realizadas na Casa da Cultura, no ginásio da Escola Secundária da Sertã e no salão dos Escuteiros e  por fim na Nossa Senhora dos Remédios. Na Casa da Cultura, tivemos a felicidade de ouvir a doutora Teresa Mendonça falar não de uma fórmula comum de todos chegarem à felicidade, mas sim de como cada um se deve esforçar para ser feliz. A felicidade é uma conquista, num trabalho pessoal e insubstituível que cada um tem a tarefa de construir e não uma fórmula mágica, medicamento ou uma receita. Trabalhando no IPO, a doutora Teresa explicou-nos que, devido à sua longa experiência com doentes terminais, ganhou a noção de que muita gente chega às portas da morte sem nunca ter sido realmente feliz, o que nos fez realmente pensar que nunca devemos esperar que a vida nos abane com um problema, por exemplo do tipo oncológico, para começarmos a pensar qual o verdadeiro sentido de estarmos aqui e se somos realmente felizes. Ora quanto a isto  tenho a completa noção que a fé do Homem pode ser o seu melhor alicerce tanto para o guiar pela via mais correta como também para o apoiar quando este mais necessita. Por isso, quer seja pela fé ou por outras formas de encontrar o sentido da nossa vida, para mim, o ponto fulcral da questão é que sejamos nós a encontrar esse caminho.

Na sessão da casa dos escuteiros, orientada pela pastoral juvenil, tivemos a oportunidade de saborear a partilha do professor Rui Correia, no seu percurso de formação cristã que passou pelos convívios fraternos, a experiencia de Taizé. Ficamos inquietos pelo seu testemunho de serviço de voluntariado, nomeadamente o seu trabalho com refugiados e que muito nos sensibilizou e desafiou, em termos uma atitude de desinstalação, de ousarmos “caminhar descalços”, sem seguranças, de atrevermo-nos a sair do nosso espaço de conforto e empreendermos, por vezes, o caminho do desconhecido. Saindo de nós mesmos dilatamos a nossa capacidade de amar, alargamos o nosso campo de intervenção, somos mais humanos e fraternos.

Após a sessão ter sido dada como terminada, nós, os guias do grupo da bandeira preta, guiámos os nossos colegas até à escola Secundária da Sertã. O clima estava do nosso lado, pelo que todos nós podemos disfrutar de um belo passeio ao ar livre enquanto nos dirigíamos para a escola. Já na escola, contámos com o testemunho do padre Pedro Nuno Folgado, uma palestra bastante interessante. Por volta da hora de almoço, todos os grupos subiram rumo à Nossa Senhora dos Remédios, ao ritmo dos bombos que nos acompanharam durante toda a caminhada. Uma vez chegados ao local, todos nós aproveitámos para falar e fazer novas amizades, um dos grandes pontos positivos destes encontros diocesanos, a partilha de amizades e convívio entre todos. Contudo a tarde ainda nos reservava grandes emoções! Houve de tudo. Desde as bandas regionais a comediantes, de vozes únicas a futuros “entertainers”, toda a gente promoveu o melhor ambiente possível e todos desfrutaram de uma forma ou de outra. Mais uma vez, a disciplina de E.M.R.C. teve o privilégio de poder espalhar amor e carinho por todos nós, através de atividades lúdicas que deram primazia ao convívio. Bem hajam também os nossos professores de moral: professor Rui Ribeiro, professor Manuel Esteves, professor Rui Correia, professora Margarida e professor Filipe pois sem eles nada disto seria possível.

Por fim, um agradecimento por parte de todos os alunos participantes no evento, pois sentimo-nos em casa, todos nós, mesmo aqueles que vieram de longe. Que a disciplina E.M.R.C continue a ter o seu impacto positivo na juventude!

Gonçalo Gato



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