EMRC: Seguir uma vocação, por Elisabete Rodrigues

Durante a Semana Nacional da EMRC 2016, subordinada ao tema "Rostos de Misericórdia" vamos conhecer testemunhos de vida de alunos, professores e antigos alunos que nos contam, na primeira pessoa, a sua experiência com a disciplina.

Hoje o testemunho da professora Elisabete Rodrigues da diocese de Angra do Heroísmo.

Olá, sou a Elisabete Maria Batista Rodrigues, com 32 anos, casada, mãe de uma menina com 1 ano de idade, sou natural e residente em Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira, Açores. Considero-me uma pessoa lutadora e simpática. Ao nível profissional, sou muito versátil; inicialmente licenciei-me em Gestão, pela Universidade Aberta, no entanto, descobri que o ensino da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) é a minha verdadeira vocação… Assim surge a minha formação em Ciências Religiosas, pelo Instituto Superior de Ciências Religiosas de Aveiro (ISCRA).Desde 2010, que estou no ensino da disciplina de EMRC, em regime de nomeação pela Diocese de Angra.

Creio que a vocação de professora de EMRC já estava em mim, antes de eu me aperceber. Hoje, ao recordar a pedagogia que utilizava enquanto catequista, desde os 17 anos, o interesse, empenho e a vivência da fé nos restantes movimentos onde estive e/ou estou inserida: grupo de jovens, pastoral da juventude, equipa de jovens de Nossa Senhora e nas equipas de casais, vejo que este caminho influenciou profundamente a descoberta da EMRC, na minha vida. Esta veio a concretizar-se mais tarde, quando, e acredito que por sinal de Deus, fui convidada a ingressar no grupo de professores, da minha ilha. Nessa altura, estava quase a mudar de ilha e de vida, então entendi logo este acontecimento como um chamamento de Deus e com o apoio imediato do meu marido e restante família, aceitei sem pensar muito, pois a vocação implica arriscar…Assim, tornei-me na primeira leiga mulher, docente de EMRC, na Ilha Terceira.

O “encanto” de ser missão evangelizadora da Igreja, que nos permite um contato mais direto e profundo com o aluno, do que noutras disciplinas, nas quais, essa relação fica muitas vezes “encoberta” por um programa a cumprir. Na verdade, e não desfazendo a importância dos conhecimentos científicos das outras disciplinas, a EMRC permite-nos maior liberdade e criatividade na forma como selecionamos, preparamos, orientamos e apresentamos os conteúdos, aos alunos. Temos assim ferramentas, que facilitam podermos tocar no seu íntimo, demonstrando na prática porque devemos seguir o caminho de Jesus Cristo e abrir-nos à fé, motor da nossa vida. Os portões da mudança, numa pessoa, só podem ser abertos de dentro para fora.

Quando iniciei esta missão, um grupo de alunos ofereceu-me um quadro elaborado por eles que dizia: Bem-vinda Professora! Hoje permanece no meu escritório para que me sinta sempre, bem-vinda a esta missão, que tantas experiências magníficas me proporcionou e assim continua, também cresço com elas! Obrigada a Deus e aos meus alunos!

O principal é ter sempre alunos para juntos fazermos caminho, de acordo com os rumos que a disciplina nos oferece, com vista à fortificação da fé, de geração em geração. Gostava de conseguir ver nos meus alunos que a mensagem que lhes ensinamos deu frutos em suas vidas, mesmo que seja mais tarde, quando se inserirem na sociedade adulta.Ao nível pessoal, acrescento o sonho de conseguir-se ultrapassar as limitações que me dificultam a profissionalização em serviço, para que me sinta com maiores capacidades, na minha missão evangelizadora. Acredito que a (in) formação é um “ponto chave” na EMRC; permite anteciparmo-nos perante as problemáticas do mundo atual dos nossos alunos… Só assim é que conseguiremos responder às suas necessidades e ajudá-los a saber encontrar na mensagem de Cristo, as respostas que precisam.

 

 

 



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