"Vai... mas fica": Encontro de docentes em Aveiro

Todos temos a experiência de que há fases na vida que são…especiais! Por vontade de Deus, (só pode ser!), cruzam-se, em determinadas épocas, pessoas únicas, espaços concretos, atividades marcantes. Nessas alturas, temos consciência de que algo de muito especial nos está a ser dado viver. O coração aquece e parece saltar fora do peito…uma alegria imensa nos transforma…”tocamos” o céu! E sabemos disso! São marcos na vida. Ao desenharmos uma linha entre eles, olhamos para trás e vemos o caminho percorrido. Mas, na verdade, só se transformam em sinais quando os libertamos! Quando os queremos agarrar, perdemo-los entre os dedos das mãos. Não são nossos. Quando mais os libertamos mais cresce dentro de nós a sua presença! Quanto mais os oferecemos, por mais doloroso que seja, mais liberdade encontramos. Como um amigo dizia,“ Temos de deixar de poder “tocar” nas pessoas, nos acontecimentos, na vida, para podermos ser tocados por eles! E assim ficam mais perto…porque dentro de nós!” Como Pedro, o coração tanto nos pede que digamos  «Senhor, é bom estarmos aqui» mas a missão ainda não acabou…temos de descer a montanha, estão à nossa espera, precisam de nós!

Como todos os anos em tempo de quaresma, no passado dia 15, os professores de EMRC de Aveiro reuniram-se no CUFC. Foi tempo de oração, convívio, partilha de ideias, preparação de atividades para os próximos tempos…

O dia começou em oração ao jeito de Taizé de onde tinham acabado de chegar alguns professores que aí acompanharam, durante uma semana, cerca de 150 alunos do ensino secundário. O padre Francisco Melo contou-nos, de seguida, o tempo de missão que viveu recentemente em S Tomé. Falou-nos da organização social e religiosa daquele país, da sua história. Contou das misérias e das grandezas daquele povo…da sua alegria de viver! Sobretudo, partilhou connosco que partira para S Tomé em verdadeira liberdade: com total disponibilidade para acolher o dia-a-dia, despreocupado, sem ideias feitas, sem horas marcadas, desprendendo-se de coisas que, afinal, descobriu não serem assim tão necessárias como julgava…totalmente aberto a encontrar nos outros o sinal mais! Aquele sinal que prepara o nosso coração para escutar a vontade de Deus. Foi esse o convite que nos deixou para rezarmos em particular, aproveitando aquela manhã de sol que nos era oferecida. Subir à montanha, viajarmos por dentro de nós mesmos  levando todos os nossos projetos, a família, a escola, os alunos… e fazer a pergunta: o que é que Deus me está a pedir?

Texto: Elisa Urbano

Foto: Sérgio Manuel Jesus Martins



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