O «dinamismo da EMRC levou a esperança às escolas», António Cordeiro

Responsáveis da EMRC fazem balanço positivo de um ano com “enormes desafios” para as escolas

Os diretores diocesanos da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) avaliaram, no passado sábado, um ano “atípico”, ainda marcado pela pandemia, e apresentaram algumas propostas de atividades para um novo ano marcado ainda por algumas incertezas, mas com a segurança ganha pelas ações desenvolvidas no último ano.

“Estes tempos de pandemia trouxeram-nos muitos desafios não só na relação com os alunos, mas também na diversificação de modos de estar e ser na escola. Foram recuperados mais de uma centena de recursos digitais, já criados anteriormente, e estamos, neste momento a trabalhar noutra centena de novos apoios à lecionação com destaque para o domínio da «Cultura Cristã e visão cristã da Vida»”, afirmou António Cordeiro, coordenador da disciplina no Secretariado Nacional da Educação Cristã.

Dando resposta ao processo de desmaterialização dos manuais das diferentes disciplinas, o responsável deu nota de que “estão já a ser constituídas equipas que vão trabalhar, nos diferentes ciclos e anos, manuais e recursos digitais”.

“Este é um trabalho complexo que exige muita articulação entre várias equipas e grupos de trabalho. É uma necessidade e um compromisso que temos para o médio prazo”, completou.

No presente ano a disciplina de EMRC adotou, de acordo com o calendário do Ministério da Educação, um novo manual para o sétimo ano do ensino básico e quatro unidades letivas para o décimo ano de escolaridade. No próximo ano é a vez da mudança de manual para o terceiro e oitavo ano de escolaridade, e mais três unidades para o décimo primeiro ano.

Ao longo do ano, e sempre numa atitude “de proximidade e compromisso”, a equipa nacional de EMRC procurou dinamizar iniciativas que “quiseram dar mote da disciplina junto dos alunos.

“Foi um ano desafiante e muito bonito. O entusiasmo que presenciámos na EMRC, em todo o país, levou a esperança às comunidades educativas. O dinamismo que foi impresso nas escolas permitiu mobilizar muitas pessoas. Não ficaram como ficaram, e isso é o fundamental. Queremos que este dinamismo seja articulado em comunhão”, concluiu António Cordeiro.

Dinâmicas animaram comunidades escolares em todo o país

Num ano atípico a disciplina de EMRC procurou novos dinamismos e criou diversos “eventos” ao longo do ano letivo.

“A CauSa Comum” surgiu como resposta à dinâmica proposta pelo «Tempo da Criação» e “despertar-nos para a importância da comunhão, para a necessidade de estarmos interligados uns com outros, para o compromisso conjunto tão necessário na criação de pontes e para sairmos de nós mesmos, de modo a podermos ir ao encontro uns dos outros”, afirmou João Mendes, da equipa nacional da EMRC.

No ano que agora finda a dinâmica «EMRC esperança-te», foi outra das dinâmicas apresentadas e surgiu para colmatar a “não realização dos encontros nacionais da disciplina, do 1º ciclo e do ensino secundário, e permitiu “gerar dinâmicas nas comunidades educativas com o desenvolvimento de trabalhos e ações criativas durante a Semana Nacional da EMRC com mais de sessenta agrupamentos participantes”, aponta o responsável.

“A partir das encíclicas do Papa Francisco «Laudato Si’» e «Fratelli Tutti» conseguimos gerar um ‘antes’, um ‘durante’ e um ‘após’, que mostrou uma disciplina viva e atuante na escola numa época de ensino a distância. Tudo se completou com o concerto falado e com o ‘Sementes de Esperança’, que foram enviadas as todas as escolas”, completou.

Encontros nacionais em expectativa

Para o ano letivo 2021/2022 os responsáveis nacionais refletiram sobre a execução da XXª Edição do Encontro Nacional da EMRC do 1º ciclo e a Xª Edição do Encontro Nacional do Ensino Secundário.

“Ainda é bastante prematura abordarmos modos, lugares e formas, e aguardamos pela evolução da situação pandémica em todo o país”, explicou António Cordeiro.

Em todo o caso, foram projetadas as datas de 22 e 23 de abril para o Encontro do Ensino Secundário e de 27 de maio para o encontro do 1º ciclo.

No final da sessão os responsáveis diocesanos escutaram Helena Marujo, psicóloga, que abordou o tema «Educar na Esperança em tempos de incerteza… a incerteza como ambiente de esperança e de futuro».

Educris|11.07.2021



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