JNC19: «Um modelo de catequese vivencial para os adolescentes», D. Anacleto Oliveira (C/Vídeo)
Bispo de Viana do Castelo explicou a mudança de paradigma proposto para a catequese com adolescentes a partir da carta pastoral «Catequese: A Alegria do Encontro com Jesus Cristo»
“Em 2015 o Papa Francisco deu-nos um ‘abanão’ na visita Ad Limina ao interpelar-nos sobre o porquê dos nossos adolescentes abandonarem a Igreja depois de tantos anos de catequese», explicou esta manhã D. Anacleto Oliveira, Bispo de Viana do Castelo.
Na conferência subordinada ao tema «A Catequese à luz da Carta Pastoral» o prelado explicou aos catequistas “que as mudanças estavam já previstas antes da visita ao santo padre”, mas, as suas “palavras ao episcopado português”, trouxeram “novo impulso e novas linhas de intervenção” das quais resultou “a carta pastoral para a catequese”.
O documento advoga “uma alteração de paradigma no modo de fazer catequese na adolescência”.
“Quisemos tornar claro, no documento, que o modelo escolar, com um catequista e um grupo de catequizandos, uma hora por semana com um conjunto de aprendizagens intelectuais subjacentes, é obsoleto e deve ser abandonado para dar lugar a um caminho conjunto entre o catequista e os catequizandos num modelo mais catecumenal, mais projetual, que implique o coração, as mãos e os pés”, explicitou.
Para D. Anacleto Oliveira é fundamental que os “catequistas não tenham medo de tentar, de experimentar e de arriscar novos caminhos e abordagens na catequese com os adolescentes”, pois “cada grupo é um grupo” e a etapa da adolescência “é vital na formação da personalidade”.
“O catequista, nesta fase, deve fazer-se próximo, caminhar lado a lado, com os adolescentes e, mesmo que não se aprenda todo o conteúdo, deve ter-se o cuidado de proporcionar o encontro com Jesus Cristo e a alegria que daí nasce”.
O prelado desafiou os catequistas a uma “leitura atenta da Carta pastoral para a Catequese” e apontou a necessidade de uma catequese “que vá da cabeça, ao coração, e destes às mãos” num caminho da fé “que se torna visível nas obras”.
Na preparação já da edição portuguesa das Jornadas Mundiais da Juventude, que Lisboa acolhe em 2022, o Bispo de Viana do Castelo considerou que é fundamental “trilhar um caminho de preparação” pois “uma graça como esta é única vai mexer com toda a Igreja”.
Educris|26.10.2019
Recursos:
JNC19: « A Catequese dos adolescentes à luz da Carta Pastoral»:
JNC19/Áudio: «A Catequese dos adolescentes, à luz da Carta Pastoral»