Santarém: Catequistas convidados à "contemplação"

Centenas de catequistas reuniram-se para celebrar o Jubileu dos Catequistas na tarde do passado dia 5 de outubro. Na eucaristia o bispo diocesano, D. Manuel Pelino Domingues, desafiou os agentes de pastoral a serem homens e mulheres da "contemplação" ligados a "Deus de onde vem a misericórdia".

 

Organizado pelo Secretariado Diocesano da Catequese da Infância e Adolescência de Santarém (SDCIA) o encontro teve início pela tarde na Igreja do Santíssimo Milagre com o acolhimento e a oração inicial, num "ambiente de alegria, comunhão e festa", recorda o diácono Paulo Campino diretor do SDCIA.

Após o acolhimento os catequistas experimentaram os "Rostos de misericórdia" uma iniciativa que permitiu dar a conhecer as "parábolas no Evangelho de São Lucas, ou o trabalho numa capelania de hospital "mostrando "que a Misericórdia de Deus não se limita ao teórico e/ou abstracto, mas atua na vida dos homens e das mulheres para lhe conferir mais dignidade", aponta este responsável.

No final da tarde os catequistas peregrinaram até à Porta Santa onde realizaram "um momento penitencial, rezando a Oração do Ano Santo e cantando o hino do Jubileu à passagem pela Porta".

Catequista: o desafio de aprofundar a contemplação e a ligação eclesial

No final da tarde D. Manuel Pelino Domingues, bispo de Santarém, juntou-se aos catequistas para a celebração da eucaristia. Na sua homilia o prelado convidou os catequistas a viverem a sua vida e missão tendo Cristo como referência e com espírito de partilha e comunhão eclesial:

"É em Jesus Cristo que aprendemos a perdoar com a Misericórdia. A Misericórdia é uma atitude que se vai descobrindo, quando temos Deus como referência, quando O contemplamos, quando procuramos ver a partir da Sua luz, olhar como Seus olhos. Desta contemplação de Deus vem a Misericórdia, vem a união com a Igreja e a Evangelização".

D. Manuel Pelino Domingues alertou para os perigos de não ter "uma ligação profunda à Igreja" sustentado que quando o catequista não se sente "enviado pela comunidade, fica agarrado a grupinho e falta esta fonte que é a comunhão com a Igreja".

Para o prelado "o Catequista tem de ser uma referência da oração, não pelos recados que ele dá, mas pela forma como reza e pelo testemunho da oração. E tem de despertar no grupo este pedido: Oh catequista, ensina-nos a rezar".

Para que tal aconteça o bispo de Santarém deu conta "dos testemunhos que recebo aquando um Retiro" pois "quando no retiro há oração, marca-se a vida. Quando os catequizandos têm momentos de concentração e descobrem a presença viva de Jesus, que não é apenas uma identidade distante, mas alguém que está com eles; sentem a paz, a luz, e depois começam a gostar de rezar. Aqui temos um desafio pela nossa própria vida".

D. Manuel Pelino Domingues sustentou que é urgente que os catequistas "disponham de tempo para a contemplação, porque é daí que a nossa ação ganha vigor e consistência".

No final da eucaristia o diretor do SDCIA agradeceu aos catequistas a "tarde de oração, testemunho e festa que terminou com a passagem da Porta Santa e celebração da eucaristia, sempre o momento mais importante da nossa relação com o nosso Deus".

O diácono afirmou a "união e comunhão ao Papa Francisco e a toda a Igreja na pessoa do Bispo diocesano" e deu conta da recente visita ao Vaticano onde teve a oportunidade de participar no JUbileu dos Catequistas e colocou "sobre o altar todos os catequizandos da nossa diocese, as suas famílias, as nossas comunidades e pastores e pedi ao Senhor que nos torne cada vez mais anunciadores, pelo testemunho de vida, do Deus de Misericórdia".



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