Lisboa: «Emaús» apresentado como modelo para a Escola Católica
D. Joaquim Mendes apresentou discipulado de Emaus como exemplo de anuncio do Cristo Vivo das Escolas Católicas
“A narrativa de Emaús oferece-nos um itinerário preciso de evangelização, de encontro e de anúncio de Cristo ressuscitado – de «Cristo vivo», a anunciar na Escola”, disse D. Joaquim Mendes, bispo auxiliar de Lisboa na segunda etapa das Jornadas Locais 2018 que durante primeiro trimestre percorre o país.
Na sua conferência, subordinada ao tema «Anunciar o Cristo Vivo na Escola», o prelado tomou a narrativa dos discípulos de Emaús como base e fundamento de uma educação cristã nas escolas:
“Na aventura dos discípulos de Emaús, encontramos as etapas decisivas a percorrer na educação dos jovens para a fé, para o encontro com Cristo vivo”.
D. Joaquim Mendes pediu aos mais de cem educadores presentes, representando dezassete instituições de ensino, a atenção à realidade e ao contexto:
“O ponto de partida é a realidade, o contexto, a situação concreta dos jovens, os seus sonhos, as suas esperanças, as suas frustrações, o fracasso e o desengano”, apontou.
Como segunda etapa desta descoberta de Jesus o bispo auxiliar de Lisboa apontou a importância do “caminho” e de fazer caminho” com tangos jovens desanimados, iludidos e desiludidos”:
“Jesus aproximou-se e pôs-se a caminhar com eles. Os jovens têm necessidade de uma Igreja que em nome de Jesus, e imitando-o, se aproxime deles, caminhe com eles, os escute, saiba dialogar com eles, valorizando os seus sentimentos, os seus sonhos, mesmo que irrealistas, que sintonize com as suas frustrações, os seus medos e as suas angústias”, considerou.
D. Joaquim Mendes alertou para a tentação de “saber tudo sobre Jesus, a ter toda a informação, mas a não ser capaz de O reconhecer no Mundo”.
As escrituras: Lugar de reconhecer Cristo
Perante as dúvidas que se levantam nas escolas e na formação cristã das novas gerações D. Joaquim Mendes apontou as “escrituras” como a fonte essencial para reconhecer Jesus:
“Para chegar à descoberta de Cristo vivo é necessário primeiro deixá-lo falar, escutá-lo, ler os acontecimentos e a vida à luz da sua Palavra”, pediu.
Este caminho de descoberta de Jesus conduz os discípulos á ceia com o mestre:
“Aí, na mesa os discípulos de Emaús reconhecem Cristo ressuscitado. Fez-se luz no seu coração os seus olhos abriram-se, reconheceram-no e, entretanto, Ele desapareceu”.
O bispo auxiliar de Lisboa apontou a eucaristia como fundamental no encontro com Jesus ressuscitado:
“Uma educação à fé que esqueça ou atrase o encontro sacramental dos jovens com Cristo, não é caminho para o descobrir”.