Nota Pastoral Sobre a EMRC: «EMRC, Contributo Para Um Novo Humanismo» - 2005

Na altura das matrículas queremos chamar a atenção dos pais ou encarregados de educação e dos jovens para o lugar importante da Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) na formação global dos alunos das nossas escolas. Esta disciplina cuida do desenvolvimento harmonioso de todas as dimensões da pessoa humana, dirigindo-se não só às faculdades intelectuais mas também à capacidade social, moral e espiritual. Educa para os valores, ajuda a encontrar um projecto de vida, contribui para definir um sentido para a existência pessoal, promove a relação comunitária.

Responde, portanto, a muitos problemas e preocupações que, actualmente, se colocam na educação. De facto, conhecemos hoje um grande desenvolvimento técnico, uma oferta abundante de bens de consumo, uma dispersão de propostas lúdicas mas, paralelamente, verificamos um certo vazio interior, o crescimento do individualismo, o desinteresse pelo bem comum. Aumentou a qualidade de vida material mas falta frequentemente uma vida com qualidade, ou seja, com sentido e projecto, com valores, com esperança. Para tornar felizes os nossos jovens não bastam os bens materiais e os conhecimentos. São indispensáveis também a cultura, a ética, a sã convivência, a esperança e o amor.

Este é o contributo da EMRC.

Certamente que os pais e educadores estão interessados em transmitir aos filhos e educandos tudo o que pode enriquecer a vida deles. Nesse sentido, o património moral e espiritual do cristianismo é um alicerce seguro de humanismo, de fraternidade, de sentido da existência, de dignidade da pessoa humana e de responsabilidade. A situação cultural da Europa, neste início do novo milénio, torna necessária e preciosa esta fonte de cultura e de moral. Procurem os pais e educadores matricular os filhos nesta disciplina. Aos pais pertence decidir a orientação moral da educação dos filhos. É uma riqueza que lhes podem dar.

Lisboa, 2 de Maio de 2005

Os Bispos da comissão Episcopal da Educação Cristã

Manuel Pelino, José Alves, Jacinto Botelho e António Marto



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